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Diário do NetLabTV – Dias 4, 7 e 8,5

2 maio 2018

Por Manuel Rolim.

Quando eu decidi fazer este diário, me propus a escrever todos os dias. Como se pode ver, cá estou eu cumprindo à risca esta regra, escrevendo sobre o quarto dia uma semana depois do NetLabTV já ter acabado.

Pois agora vou embaralhar um dia com o outro, e seja o que Darwin quiser.

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Tivemos uma conversa com o diretor da Now e a conclusão foi clara como uma entrevista do Gilberto Gil: o streaming é uma revolução sem volta. O Netflix é o exemplo mais lembrado, mas praticamente tudo a que assistimos hoje é streaming. Desde as plataformas como Youtube e Vimeo, até o Amazon Prime e o próprio Now, todo mundo quer assistir ao seu conteúdo quando e como quiser. E se isso mudou o jeito que a gente consome TV, para as crianças passou a ser o único jeito de assistir. Para eles, é impensável ter que se programar em função da grade da TV. Quer um dado assustador? Nove dos dez conteúdos mais assistidos do Now são infantis.

E isso afeta a publicidade de mais formas do que a gente imagina. Com o streaming, a importância do marketing atingiu outro patamar. Antes, ao lançar um novo programa, você contava com o buzz da própria emissora e com o impacto da audiência consolidada do horário. Hoje, é preciso fazer com que a série seja comentada, falada nas redes sociais, desejada antes mesmo de ser vista, para gerar interesse e atrair o público. Isso impacta inclusive a escolha do elenco. Em uma mesa com o pessoal do TNT, foi dito que a produção da série Rua Augusta levou em conta até o número de seguidores dos atores. Ou seja, você escala uma pessoa porque ela também é um digital influencer e vai amplificar o marketing da série.

Outro ponto do streaming é o fim do intervalo comercial. À primeira vista, parece ótimo para o consumidor e péssimo para o anunciante. No entanto, se os anúncios sumirem, o custo da produção do programa vai todo para o espectador, levando à elevação dos preços de assinaturas. Como resolver esta equação? A Net achou uma solução ao lançar a plataforma Replay TV. Se você liga a televisão e seu programa está no meio, com um botão você rebobina (só de escrever este termo, já lembrei das minhas tardes rebobinando fitas com um caneta bic) o conteúdo até o ponto que quiser. O mesmo vale para programas que já tiverem acabado. A grande vantagem é que o intervalo comercial também é rebobinado, mantendo o anunciante no meio do conteúdo.

Touché. O mundo é dos Nets.

IDEIA ANOTADA COMO P.S. Dois sucessos que o Brasil importou recentemente dos Estados Unidos são o Stand Up Comedy e o Stand Up Paddle. Por que não juntar os dois e fazer o Stand Up Comeddle? Fica a dica, Danilo Gentili.

O streaming afeta a publicidade de mais formas do que a gente imagina. Até o número de seguidores do ator é levado em conta na escolha do elenco.

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