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Storytelling x Verborragia

5 janeiro 2017

storytelling_filadelfiacom

(por Dave Trott, originalmente aqui)

Hoje em dia, todo mundo precisa dizer que é storyteller.

Como quase tudo, é apenas um nome novo para uma ideia antiga.

Mas pergunte a eles o que é uma história e eles vão enterrar você em adjetivos.

Uma história é: tocante, envolvente, divertida, educativa, edificante.

Ela deve revelar uma verdade interior, despertar uma emoção básica, expressar uma necessidade básica, falar para a humanidade comum em cada pessoa.

E você continua sem entender.

Porque eles nunca dizem nada que possa ser definido claramente.

Mas Steve Pressfield é um storyteller de verdade.

Ele já escreveu publicidade, peças, romances.

Ele escreveu um livro chamado “NINGUÉM QUER LER SUAS BESTEIRAS” (Nobody wants to read your shit).

E quando ele escreve sobre uma história, é o senso comum, claro e cristalino.

E a coisa mais útil que você vai ler sobre seu negócio.

Aqui está:

MESMO UMA NÃO-HISTÓRIA É UMA HISTÓRIA

Quais são os elementos estruturais universais de todas as histórias?
1) Gancho.
2) Construção.
3) Desfecho.

This is the shape any story must take.
Essa é a forma que qualquer história deve ter.

1) Um começo que “agarre” o ouvinte.

2) Um meio que escala em tensão, suspense, excitação.

3) Um final que deixa tudo perfeitamente claro, de maneira estimulante.

Isso é um romance, uma peça, um filme, uma piada, uma sedução, uma campanha militar.

Também é sua palestra no TED, sua campanha de vendas, sua tese de mestrado, e sua saga real de 890 páginas da vida de sua tatara-tataravó.

Aí está.
Esqueça todos aqueles adjetivos tocantes e fofinhos.

Se você não tem 1), 2) e 3), você não tem nada.

Se você não tem um gancho, você não vai chamar a atenção das pessoas, elas não vão parar e ver, então tudo mais será irrelevante.

Você precisa construir, onde cada palavra faz exatamente isso: constrói, adiciona algo ao que aconteceu antes. Se isso não ocorre, corte.

Finalmente, o desfecho: o pensamento que você quer que o leitor, ou espectador, ou consumidor leve com ele.

Qual é a coisa principal que você quer que eles lembrem?

É assim que uma grande sinfonia funciona, é como você escreve grandes textos, é como você deve montar seu portfolio.

Agarre a pessoa, mantenha-a interessada, deixe-a com algo para levar. Para mim, é o trabalho de um diretor criativo.

Para ter certeza de que cada trabalho saindo do departamento criativo tenha essa estrutura.

Não ditar o estilo da agência ou a execução.

Cada criativo tem seu estilo, como num time de futebol.

Mas saiba que a estrutura certa está em cada trabalho.

Porque essa estrutura: 1), 2) e 3) é como toda história funciona.

E funciona desse jeito por uma simples razão.

Porque é nessa estrutura que a mente humana funciona.

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